
LOS ANGELES (AP) — Ao longo de uma carreira de atuação que durou mais de seis décadas, a voz de James Earl Jones se tornou uma parte indelével de seu trabalho como artista.
Na tela, Jones, que faleceu na segunda-feira aos 93 anos, deu vida a um escritor recluso persuadido a voltar aos holofotes em 'Campo dos Sonhos' e a um rei altivo de uma terra fictícia em 'Um Príncipe em Nova York'. No palco, ele ganhou dois Prêmios Tony por 'A Grande Esperança Branca' e 'Cercas'. Seu trabalho como dublador — a dignidade régia de sua interpretação de Mufasa em 'O Rei Leão' e a voz ameaçadora e profunda que emprestou a Darth Vader em 'Star Wars' — ajudou a cimentar seu lugar como um ator lendário entre as gerações de fãs.
Mas na esteira de sua morte, um aspecto da carreira de Jones veio à tona: a consentir com o uso de inteligência artificial para replicar sua atuação como Darth Vader depois de se afastar do papel. Skywalker Sound e a empresa ucraniana Respeecher utilizaram IA para recriar o vilão de Jones para o programa "Obi-Wan Kenobi" de 2022 no Disney+. A voz de Mark Hamill também foi "rejuvenescida" usando a Respeecher para sua aparição como Luke Skywalker em "The Mandalorian".
Dubladores dizem que temem que a IA possa reduzir ou eliminar oportunidades de emprego, pois a tecnologia pode ser usada para replicar uma performance em vários outros movimentos sem o seu consentimento — uma preocupação que levou os dubladores de videogame do Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists a entrarem em greve no final de julho.
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